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Veja: Leia: Ex-secretário de Pitta deve ocupar hoje a prefeitura com a promessa de manter os programas de Serra Kassab assume sem projeto próprio para SP FABIO SCHIVARTCHE CONRADO CORSALETTE DA REPORTAGEM LOCAL Gilberto Kassab (PFL), 45, vai assumir hoje a Prefeitura de São Paulo sem nenhum projeto próprio para marcar sua gestão. Sob um […]

Veja:


Leia:
Ex-secretário de Pitta deve ocupar hoje a prefeitura com a promessa de manter os programas de Serra

Kassab assume sem projeto próprio para SP
FABIO SCHIVARTCHE
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Gilberto Kassab (PFL), 45, vai assumir hoje a Prefeitura de São Paulo sem nenhum projeto próprio para marcar sua gestão.
Sob um discurso de continuidade de governo, ele promete manter os programas implantados pelo prefeito José Serra (PSDB).
A previsão é que o pefelista receba o cargo à tarde, logo após Serra entregar sua carta de renúncia à Câmara Municipal para concorrer ao governo do Estado, quebrando promessa eleitoral feita por escrito na disputa de 2004.
Para tentar reduzir os danos políticos da renúncia, Serra quer manter um controle rígido no primeiro ano da gestão Kassab.
Em acordo firmado com o tucano, o pefelista se comprometeu a manter auxiliares do prefeito em postos-chave até as eleições de outubro, entre os quais os titulares das pastas de Planejamento, Finanças e Subprefeituras. Só após a campanha Kassab estará liberado para fazer mudanças.
O acordo de “tutelagem” também foi firmado porque o tucano teme crises de gestão que possam atrapalhar sua campanha. Com aliados nos postos-chave, Serra ainda manterá a máquina municipal nas mãos durante a eleição.
Para Kassab, desconhecido da maioria da população e com pouca experiência administrativa, o acordo interessa no primeiro momento para ganhar força política.
Ex-secretário de Celso Pitta (1997-2000), o vice calcula que, com o tucano de escudo, as pressões da Câmara Municipal e da sociedade civil seriam menores.

Missões
Nos acertos finais para deixar o cargo, Serra conferiu a Kassab duas missões: reformar as marginais Tietê e Pinheiros (através de parceria público-privada, com a instalação de pedágio urbano) e montar um modelo de concessão para a exploração da iluminação pública do município. Desde que assumiu, Serra afirmou diversas vezes a interlocutores que a reforma da marginal era uma das prioridades de sua administração. Não houve, no entanto, tempo hábil para iniciar essas obras.
São dois projetos de grande porte, cujos estudos técnicos foram iniciados pela equipe do prefeito tucano no ano passado.
A interlocutores, Kassab tem afirmado que não haverá mudanças importantes neste ano.
“Minha conduta tem de corresponder às ações dos votos, que foram para o programa defendido por Serra na campanha. Os projetos dos tucanos também são os meus. Não há nenhuma surpresa para ser anunciada”, afirmou nesta semana a um interlocutor.
O pefelista terá pela frente dois anos e nove meses de governo. Em 2006, um Orçamento de R$ 17 bilhões. Apesar de não ter projetos imediatos para São Paulo, já tem um pessoal: ampliar o espaço do PFL na capital. Se for bem sucedido nesta missão, pretende se candidatar à reeleição em 2008.
Secretário nacional do PFL e vice-presidente da sigla em São Paulo, Kassab tentará aumentar a representatividade do partido na cidade, ampliando o número de parlamentares e de funcionários na máquina administrativa.
Na Câmara Municipal, o PFL tem sete vereadores. Fica bem atrás do PT e do PSDB, com 12 parlamentares cada um. Nos últimos dias, em movimentação de bastidores, cinco vereadores cogitaram rumar para o PFL.
A meta de Kassab é ampliar não só a base parlamentar do PFL em São Paulo mas também a representação popular do partido -que tem hoje cerca de 70 mil filiados no Estado. O PT tem 194 mil. O PSDB, 222 mil.
Nas últimas semanas, Kassab tem intensificado suas conversas reservadas com integrantes do centrão (grupo de vereadores de vários partidos que definem as votações mais importantes na Câmara paulistana) e com secretários nomeados por Serra. Para facilitar futuras negociações entre o Executivo e o Parlamento, pretende fazer uma composição partidária na administração -mas só a partir de novembro, após as eleições, a fim de evitar desgaste para o candidato tucano ao governo.